PSICOLOGÍA BIOENERGÉTICA - PAYASERÍA CLOWN

Santiago Harris Hermida

Santiago Harris Hermida.
Psicólogo Clínico.
Formado en Psicoterapia Bioenergética.
Diplomado Superior en Salud y Terapias Integrativas.
Maestría en Artes Escénicas (Brasil).

Productor, director y facilitador de procesos:
Psico-educativos.
Danza de Contacto Improvisación.
Payasería-Clown.

Cofundador integrante del grupo “Clowndestinos” (Ecuador).

Fue profesor y facilita talleres para estudiantes de artes escénicas en la Universidad de Cuenca y en la Universidad del Azuay.

“PALHAÇO E PSICOLOGIA BIOENERGÉTICA”

“PALHAÇO E PSICOLOGIA BIOENERGÉTICA”:
Possíveis ligações pra o trabalho criativo.


O processo experimental de vivência criativa do palhaço a partir de exercícios corporais e teorias das terapias corporais, é parte de uma pesquisa de mestrado em andamento do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas – Universidade Federal da Bahia; 2010-2012, na qual investigo as possíveis ligações entre a Psicologia Bioenergética e a arte do Palhaço. Inserido na linha de pesquisa: Poéticas e processos de encenação, com a orientação da professora Jacyan Castilho de Oliveira

Na procura de aprofundar a investigação e experimentação da organicidade e potencial criativo individual, a proposta consiste em vivenciar uma conjunção entre exercícios bioenergéticos e jogos, brincadeiras e metodologias de improvisação do mundo da palhaçaria (clown). Um processo grupal sem custo, de máximo sete (7) pessoas, que visa conscientizar o próprio ridículo e atitudes corporais espontâneas, que serviram como material de trabalho criativo na contínua descoberta do próprio palhaço.

O processo será uma aproximação com o trabalho do corpo-personalidade do palhaço a partir de algumas propostas da bioenergética. O objetivo é acompanhar ludicamente nossos próprios impulsos orgânicos emocionais potencializados pelos exercícios bioenergéticos e deixar que se manifestem a traves do palhaço para serem direcionados na cena. O intuito também é criar, neste percurso, números pessoais e ou grupais, ou também aperfeiçoar, reviver ou refrescar o já criado.

Um dos caminhos da construção ou encontro com o palhaço, se fundamenta no trabalho físico para potencializar a expressão de características corporais e subjetivas do individuo. A Bioenergética trabalha a personalidade procurando desencadear sentimentos inconscientes enraizados na memória corporal. Os processos criativos artísticos poderiam ser potencializados e enriquecidos a partir da integração destes saberes e práticas que se vislumbram como complementarias.

Os exercícios bioenergéticos desenvolvidos por Alexander Lowen, propõem ajudar à pessoa a entrar em contato com suas tensões para liberá-las. Tendem a aumentar a vitalidade e a capacidade para o prazer. Propõem incrementar o autoconhecimento da pessoa através do aumento do estado vibratório do corpo, o enraizamento das pernas e do corpo, o aprofundamento da respiração, a agudização da autoconsciência e a ampliação da auto-expressão.

A psicologia bioenergética trabalhando com as defesas psíquicas através do próprio corpo, utiliza recursos no sentido de um re-encontro com o corpo, sua vitalidade, sexualidade, respiração, movimento, sentimento, e auto-expressão, aliada à tentativa de relacionar o funcionamento energético atual do indivíduo com a história da sua vida.

Jaques Lecoq, fundador da Escola Internacional de Teatro em França, diz que “[...] não se joga a ser clown, a pessoa somente é, quando sua natureza profunda manifesta-se junto aos medos primitivos da infância.” Ele concluiu que uma debilidade pessoal pode-se transformar em força teatral e este princípio foi convertido numa ferramenta fundamental no seu método para a aproximação individualizada dos atores na procura do seu próprio palhaço. Dentro desta busca, segundo Lecoq, o palhaço não tem que representar nenhum papel. Isto permite ao ator afirmar com força sua realidade de jogador criativo num processo que passa, entre outras experiências, pelo reconhecimento de aspectos da própria personalidade.

Nessa mesma linha, no trabalho corporal desenvolvida pelo LUME, Renato Ferracini diz: “O clown é um ser que tem suas reações afetivas e emotivas todas corporificadas em partes precisas do seu corpo, [...] A lógica do clown é físico-corpórea: ele pensa com o corpo.”
A pesquisa permitirá aprofundar e fundamentar propostas criativas artísticas e psicoterapêuticas, alem de gerar um processo experimental de treinamento criativo de palhaço a partir de algumas propostas da psicologia bioenergética.

Abordaremos jogos e brincadeiras, massagem, exercícios bioenergéticos, propostas lúdicas de improvisação e criação, e processos bioenergéticos corporais que surgirão a partir da experimentação das propostas e que a partir do trabalho grupal serão direcionados cenicamente.

A vivência não pretende ser um encontro de análise psicoterapêutico ou de terapia grupal. Será um encontro experimental de vivência de algumas propostas que são trabalhadas na palhaçaria (clown) com um ingrediente bioenergético que pode ajudar no aprofundamento e expansão do caminho pessoal.

Se trata de criar um grupo de pesquisa experimental com pessoas interessadas, não é uma oficina com fines lucrativos. Poderia finalizar com uma mostra se o grupo concorda. VALE A PENA NOS DIVERTIR NA PROCURA INTERIOR!

“O prazer e a criatividade estão relacionados dialeticamente. O prazer na vida encoraja a criatividade e a comunicação, e a criatividade aumenta o prazer e a alegria de viver.” Alexander Lowen.